28/07/2016
São 50 quilômetros de pretensão de asfalto com projeção de investimento, hoje, de R$ 90 milhões. Esta reivindicação será mais uma vez reforçada hoje na Agência de Desenvolvimento Regional (ADR), em Laguna, pela Comissão Pró-Asfalto das SC-436 e SC-437. A 436 tem 22 quilômetros, liga São Martinho a Imaruí, tem sete mil metros pavimentados com asfalto e entregues à comunidade no último mês de janeiro, após 16 anos de obras e suspensões. Já a 437 tem 35 quilômetros e é integralmente nua, tecnicamente de leito natural, como chamam os técnicos do Departamento Estadual de Infraestrutura, ou seja, o popular chão batido, e liga Pescaria Brava, na região de Santiago (BR-101) à comunidade de Aratingaúba, em Imaruí.
Duas rodovias que têm em suas margens dezenas de pecuaristas, madeireiros, processadores de mandioca, fábrica de jeans, entre outros investidores. “Pela falta de estrutura viária é uma região que não chama a atenção de novos investidores. Alguns pontos apresentam alagamentos em dias de chuva e algumas pontes são bem precárias. Nossa luta não vai parar. Este é mais um encontro de cobranças. Sabemos das dificuldades financeiras no país, mas nosso pedido atravessa várias gestões governamentais. Pedimos atenção, só isso”, alerta o empresário e presidente da Comissão, Gilberto Heisen, que lamenta a situação das estradas, que dificulta o escoamento da produção nesses três municípios.
Deputados da frente parlamentar do sul do estado já sinalizaram apoio à Comissão. Os projetos das pavimentações deverão ser incluídos no orçamento para 2017, segundo informou o secretário de Estado de Infraestrutura, João Carlos Ecker. “Nesta reunião será definido o tipo de aplicação dos recursos. Faremos um acompanhamento. Quero dizer que a luta está apenas começando e muitos obstáculos ainda estão por vir”, avisa Gilberto.
Obra paliativa
Apesar de serem consideradas rodovias, em pleno século 21, quase 2017, ainda são de chão batido. Em termos técnicos utilizados pelo próprio Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra), são vias de leito natural. Ou seja, não há drenagem, calçadas, meio-fio, acostamento, sinalização horizontal, nada. Um valor prospectado de R$ 250 mil deve ser liberado para um trabalho de patrolamento e limpeza do matagal nas margens das vias.
Por: Rafael Andrade / Imaruí
Fonte: Jornal Notisul - Tubarão/SC